Adoração, um constante sacrifício ao Senhor

Adoração, um constante sacrifício ao Senhor

Antes de tudo, gostaria que fôssemos à primeira menção da palavra “adoração” nas Escrituras. Fazemos isto para que possamos entender à luz da Palavra o significado de alguns termos, pois a primeira menção diz muito sobre a essência da mesma.

E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós.” Gênesis 22.5

De acordo com o Bible Study Oliver Tree, vemos que o significado da palavra é “prostrar-se diante de superior deferência”.

Sabemos que adoração não se resume apenas a uma atitude de nos ajoelharmos perante quem Deus é, mas é interessante vermos todo o contexto desta passagem, onde Abraão está indo sacrificar algo ao Senhor – seu próprio filho. Logo, aqui temos um padrão de como adorar ao Senhor: nos prostrando em deferência (atitude de respeito e consideração, ger. em relação a um superior ou a pessoa mais velha; atenção.) perante Seu Senhorio, mas não de mãos vazias!

No entanto, não digo que devemos ter algo físico em mãos a oferecer, mesmo que isso faça parte, acredito que saibam que falo de uma atitude do coração. Pois como Davi afirma em um de seus salmos:

Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e seja o levantar das minhas mãos como o sacrifício da tarde.” Salmos 141.2

O que o Senhor tem buscado são corações prostrados, sendo isto um resultado do conhecimento de Deus, e vidas entregues como sacrifício. Deus não requer mais sacrifícios de animais, ele requer uma vida reta, justa e piedosa diante de Sua presença.

Quanto mais conhecemos a Pessoa de Jesus, mais sabemos dar o que Ele é digno de receber. Quanto mais O conhecemos, tanto mais sabemos como apresentar sacrifícios agradáveis de um aroma suave ao Senhor. A adoração é uma vida de constantes sacrifícios. Uma adoração que não tem cheiro de sacrifício é uma adoração que falta algo. E não! Esta vida não é limitada para os ministros de adoração, visto que TODOS são chamados para uma vida de adoração, pois é isto que o Senhor procura: adoradores que O adorem em espírito e verdade.

Adoração é sobre acomodar a presença do Espírito Santo. Logo, devemos ser pessoas comprometidas em hospedarmos tão preciosa presença. O anseio que há no coração do nosso Deus em habitar em meio ao Seu povo é um assunto antigo, desde Gênesis a Apocalipse, vemos este clamor em cada linha, verso, história, profecia, cântico, o anseio de intimidade é um grito do coração do Senhor. Como estamos respondendo?

A presença do Senhor, a promessa que permeia todas as Escrituras, que começou no Éden, com Adão e Eva, que foi o clamor de Moisés, que foi a aflição de Davi, que foi o desejo dos profetas, e que é o anseio do próprio Senhor, se manifestando – desde do princípio – através do Monte Sinai, da Arca da Aliança, do Tabernáculo. O Senhor quer habitar em meio Seu povo! E olha que grande e preciosa chave temos:

Deus habita no meio dos louvores.
Salmos 22.3

A forma que Deus se faz acessível é surpreendente. Logo, se nosso Senhor não se encontra presente em nossos momentos de Adoração, a quem estamos adorando? Será que percebermos a falta de Sua presença em nossas liturgias? Estamos arrebanhando o povo e os direcionando à Sala do Trono? Ou apenas participamos de uma escala, domingo após domingo, cantando canções sem ao menos ter a expectativa de sermos tocados pelo Filho do Homem? Misericórdia! Voltemos nossos olhos ao Único digno de receber!

A dignidade do Senhor nos é revelada à medida que caminhamos juntamente dEle. Quanto mais Ele se revela a nós, mais entendemos o que Ele merece receber. Como vemos em Apocalipse 4, os Anciãos lançam suas coroas e declaram: “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas”. Ao verem o Senhor de toda Glória, que se assemelha à jaspe e sardônio, assentado sobre o trono, glorificado acima de todas as coisas, qual outra reação teriam senão se prostrar, lançar o que tinham de mais precioso (sacrifício) e declararem quem Ele é?

Isso é como uma adoração se parece: conhecemos, nos prostramos, entoamos, e somos transformados à semelhança daquilo que adoramos. E então, conhecemos, e então nos prostramos, adoramos, e somos transformados. Um ciclo que não tem fim, dançamos a dança de contemplação.

Adoração não é sobre quem nós somos, mas sobre quem Ele é.

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