Sabemos que Deus fala através do Filho, através das Escrituras, mas Deus também comunica o evangelho através da história de Israel. Sim! O Senhor está usando a história de Israel, incluindo seu passado, presente e futuro, para pregar o Evangelho às nações.
É por isso que quando Paulo considera a história de Israel em Rm 11:33-34 ele diz: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? “. Paulo está falando sobre a história de Israel neste capítulo, e a história de Israel está fazendo Paulo refletir sobre o conhecimento de Deus.
Mas vamos lá! Por onde começo então?
Quando pensamos no plano de redenção, vemos o amor de Deus por todos os povos e a Sua busca por eles. Mas a pergunta é: como isso se relaciona com a eleição do povo judeu e da nação de Israel?
Ao pensarmos na eleição de Israel, geralmente vamos a Gênesis 12, quando Deus chama Abraão. Mas se começarmos em Gênesis 12, vamos começar muito tarde e podemos acabar tirando conclusões precipitadas. Precisamos começar em Gênesis 1 e entender o amor de Deus pelo mundo todo.
De Gênesis 1 a 11 temos uma compreensão do que acontece em Gênesis 12, e como a eleição de Deus a Abraão e a Israel se relaciona com a redenção do mundo. Quando Adão e Eva desobedecem ao Senhor, Deus faz duas coisas que se torna um padrão por toda a Escritura: Deus pronuncia julgamento, mas também oferece redenção (Adão e Eva, Caim e Abel, Noé e sua geração, Torre de Babel…).
O que acontece em Gênesis 11 é que Deus libera seu julgamento sobre as nações e as espalha. Mas em Gênesis 12 Deus mostra que não terminou com as nações que Ele espalhou. Na verdade, o Senhor quis que através de Abraão todas as nações da terra fossem abençoadas. E mais tarde, em Gálatas e Romanos, vemos uma das principais razões para Deus ter chamado Abraão: Deus queria um povo que ele poderia enviar Seu filho, que se tornaria o Rei Judeu, Jesus Cristo, para morrer na cruz pelas mesmas nações que se rebelaram contra Ele em Gênesis 11. Então a eleição de Israel de Gênesis 12 não está relacionada só a Israel, mas a todas as nações da terra através da glória do Filho.
Resumindo as relações de Deus com a humanidade, Deus criou a terra e as criaturas, porém, dentro dessas criaturas Ele escolheu o homem para se relacionar com Ele e, através desse relacionamento, as nações iriam conhecer a Deus. No entanto, é importante frisar que Deus escolheu o homem com base em Seu próprio desejo, e não pela nossa capacidade e performance. Ele não precisa de nós, mas Ele nos DESEJA!
Deus, porém, deu instruções ao homem para que ele não abraçasse a maldade, mas o homem pecou e quebrou esse relacionamento. No entanto, como o relacionamento é baseado no desejo de Deus por nós e não na nossa capacidade, Deus mantém a aliança e o Seu desejo por redenção. E ESSE É O EVANGELHO: Deus se tornando homem para resgatar a humanidade.
E quando olhamos para a história de Israel, quando a nação caiu ou abraçou a maldade, Deus decidiu se tornar um Israelita para resgatar Israel. E quando Deus se tornou israelita, Ele pôs em movimento a redenção de Israel, assim como Ele está redimindo a humanidade. E está chegando o dia em que Israel será salvo. A história de Israel não pode terminar em fracasso, porque ESSE NÃO É O EVANGELHO.
Com isso, Deus está pregando o Evangelho para as nações dizendo: “Olha como eu lido com Israel, olha minha história com Israel”. E quando olhamos para essa história, ela se torna um espelho. Vejo Israel caindo, vejo o homem caindo; vejo Deus escolhendo Israel, vejo Deus escolhendo o homem; Deus perseguindo Israel e Deus perseguindo o homem para prover salvação. Por isso é importante entendermos a história de Israel e como essa história termina.
Em Atos 1 Jesus está conversando com seus discípulos sobre o reino, e um pouco antes de Jesus partir, os apóstolos lhe fazem uma pergunta muito interessante: “Senhor, é agora que restaurarás o reino a Israel? ”
A restauração de Seu reino tem a ver com um Rei Judeu que julgará e governará; o filho de Davi, que reinará e governará as nações do mundo a partir de Jerusalém.
Isaías 2 diz que as nações virão ao monte do Senhor para ouvir a Lei. As nações serão repreendidas e unificadas. Haverá paz mundial, não haverá mais guerras, a criação será restaurada. E quando as nações verem Israel restaurada em sua glória, Ezequiel diz isso cerca de 63x: “Vocês saberão que eu sou o Senhor”.
Deus trouxe esse povo de volta à terra em 1948 com o objetivo de trazer isso tudo ao clímax para que Jesus volte e estabeleça Seu reino em Jerusalém. Os judeus sempre foram alvo de muitas perseguições étnicas e religiosas no mundo inteiro, várias tentativas de extermínio, incluindo o Holocausto, que foi o maior massacre de judeus na história até então. Mas no fim da Segunda Guerra Mundial, a compreensão do que tinha acontecido trouxe grande apoio à ideia de criar um estado para os judeus. Então em 1948 a região da Palestina foi dividida e nasceu o Estado de Israel.
Porém, os povos árabes à volta não ficaram felizes e por várias vezes tentaram conquistar o novo país. Então, desde sua fundação, o Estado Moderno de Israel tem enfrentado muitos conflitos, e nós sabemos que uma hora essa perseguição vai explodir novamente envolvendo os judeus e também os cristãos. E quando Jerusalém estiver cercada, Jesus voltará (esse é um assunto para outra hora!). Então as nações verão Deus cumprindo suas promessas com Israel.
Em todo o Antigo Testamento vemos Satanás tentando exterminar o povo de Israel com o objetivo de impedir o Messias de nascer, pois deles é a promessa do Messias. Mas como não obteve êxito, hoje Satanás tenta impedir o Messias de voltar, novamente exterminando o povo de Israel com as frequentes guerras e conflitos. Sabe por quê? Em Mt 23:39 Jesus prometeu que só voltaria quando os líderes de Israel clamarem:
“BENDITO É O QUE VEM EM NOME DO SENHOR! ”
Não é apenas nós clamarmos “MARANATA”. Antes os judeus devem clamar pelo Messias deles, e nós em concordância diremos: “Maranata!”.JESUS É JUDEU. Os seus precisam clamar por Ele, desejá-lo. Nós como igreja gentílica devemos nos alinhar apostolicamente com Israel e nos posicionarmos em oração pela conversão deles, até que as nações reconheçam que Ele é o “EU SOU”. Maranata!
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