Quando olhamos para a história de Jonas, naturalmente nos lembraremos do peixe e da sua desobediência, mas se observarmos bem, percebemos que o centro da história de Jonas não é ele, o peixe ou Nínive, mas Deus! Deus dá a tempestade, Deus joga Jonas e Deus envia o peixe, tudo isso para que Jonas cumprisse o Ide.
Deus queria um avivamento em Nínive, mas Jonas colocava suas necessidades à frente. Ele não queria estar no propósito de Deus, ele queria estar no seu próprio propósito. Nos navios de Tarsis, na suntuosidade, na riqueza, na ostentação, no foco dos holofotes e nas páginas sociais.
Mesmo contrariado, fazendo o possível para que sua missão fracassasse, ele obteve sucesso. Por que? Porque Deus queria um avivamento em Nínive.
Jonas não queria ir pregar porque sabia que Deus era misericordioso. A realidade é que ele era egoísta e não queria que Nínive fosse salva. Ele tinha um espírito indignado, um preparo insatisfatório e um sermão medíocre. No entanto, com todas as implicações de Jonas, Nínive é salva.
Semelhantemente nós, da mesma forma, como humanidade, estamos perdidos em nossos delitos, mas nenhum sinal nos será dado senão o de Jonas: Jesus Cristo morreu e ao terceiro dia ressuscitou!
“Mas ele lhes respondeu, e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe dará outro sinal senão o sinal do profeta Jonas;
Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.” Mateus 12:38-40
Precisamos entender que o Avivamento custa caro, mas a boa notícia é que o Senhor é completamente comprometido com ele.
Muitas vezes queremos o avivamento, mas só queremos a parte da manifestação. Não somos fiéis nos dias comuns, mansos nos dias comuns, nem obedientes nos dias comuns. As vezes estamos atravessando a tempestade e pensamos que isso é coisa do inimigo e anulamos o fato de que assim como a obediência, a desobediência também gera frutos.
O Senhor tem um IDE para nós e todas as vezes que a gente não vai, a gente está dizendo que se importa mais com o que estamos vivendo, do que com as milhares de pessoas que ainda precisam ouvir do evangelho.
Qual é a sua Nínive e qual a sua Tarsis?
A forma como correspondemos ao convite de Deus para nós é a forma como nos tornamos participantes de tudo o que Ele faz. A gente ama um toque fresco, a gente ama ser tocado por Deus, mas avivamento não é isso. Avivamento são pecadores sendo salvos e não pessoas tremendo no chão. Se queremos o avivamento, precisamos apresentar para essa geração má, adultera e transgressora o sinal de Jonas.
A nossa geração está pedindo um sinal, e esse sinal não é um trimilique, não é uma profecia, não é uma cura, não é uma oferta, não é uma cesta básica, muito menos um bom louvor e uma boa palavra. Esse sinal é Cristo, o Verbo. O Homem que verteu o seu sangue para nos tornar mais alvos que a neve.
Essa é a boa notícia.
Mas nosso egoísmo está nos fazendo guardar essa boa notícia apenas para nós e a impedindo que muitas pessoas, que ainda não conheceram a Cristo, provem do poder da ressurreição. Validamos a nossa omissão com a falta de fome do outro, mas como ouvirão se não há quem pregue? E anulamos o fato de que para haver o Avivamento, precisa ter a Grande Comissão e para isso precisamos dizer sim ao Ide.
Muitas vezes, podemos achar que só cultos poderosos e cheios de manifestação podem nos conduzir a Deus, mas sinais não seguram ninguém. Precisamos entender que a maioria dos dias são comuns. Os Hebreus viram maná e carne cair do céus, água da rocha, sapatos e roupas não se desgastarem, mas isso não foi o suficiente para que eles estivessem satisfeitos com Deus.
Só a manifestação de Deus não diz quem somos. Mas nossa conduta. Jonas queria ir para Tarsis, o lugar mais longe naquela época, mas também o lugar mais rico. Ele queria boas oportunidades, muitos recursos, ele queria seus interesses próprios, mas até os homens presentes no barco perceberam que aquela tempestade era devido ao fato de que Jonas estava em desobediência e o lançaram nas águas.
Quando o mundo descobrir que as culpas da tempestade lá fora são dos cristãos
desobedientes seremos perseguidos. É muito melhor uma Nínive com Deus, que uma Tarsis sem Deus.
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