MARANATA NÃO É HYPE

MARANATA NÃO É HYPE

De alguma maneira, que creio eu ser sobrenatural, a mensagem do Fim está tomando grande volume e evidência em nossos dias. Jovens, adultos e idosos voltando a falar do retorno glorioso de Jesus como há muito não se fazia.

Quando penso nisso meu coração se enche de alegria, mas não apenas isso; meus olhos se abrem para que façamos e vivamos esse presente momento, não apenas como uma espécie de “moda” que começa e logo acaba. Não! Se estamos falando de coisas eternas, são de fato, de valor eterno e devem ser tratadas com seriedade, fervor e empenho nas escrituras.

Sou um amante da música, tenho canções de minha autoria e de certa maneira estou envolvido no universo que a rodeia. Desde cedo sempre gostei de procurar por artistas e canções que ninguém conhecia, pois a sensação que tenho é que quando um artista ou banda não tem a pressão da industria ou da mídia,  eles são mais livres pra serem eles mesmos, assim sendo, produzindo obras melhores. Talvez você discorde de mim, mas é evidente que a popularidade costuma tirar alguma coisa de pureza que se tinha no começo, não de todos, mas infelizmente de muitos.

Temo que estejamos em tempos onde, em grande maioria, as pessoas não queiram produzir algo autêntico, simplesmente para se encaixarem nos algoritmos das redes sociais e “hypar” em direção ao sucesso. Não podemos deixar que isso aconteça com a mensagem do Evangelho, pois ao ser objeto de “hype”, se tornará diluída e não mais a que encontramos na vida dos apóstolos.

Por outro lado, o fato da mensagem estar se tornando popular não pode apenas nos gerar preocupações mas também, alegria! Alegria,  porque afinal de contas mais pessoas estão tendo acesso e se atentando para as realidades bíblicas e expectativa pelo retorno de Jesus!

Assim sendo, precisamos traçar uma linha; um padrão genuíno. Creio que não podemos deixar a mensagem ser diluída ou virar um produto midiático e ao mesmo tempo precisamos ser revestidos de amor e compaixão ao levarmos o povo de Deus as águas mais profundas. Por onde começar?

Creio, com vigor, que o caminho é olharmos para dentro de nós mesmos. Seria um erro muito grande apregoarmos uma mensagem que não tenha criado raizes dentro de nós e, muitas vezes, é o que me parece que estamos fazendo.

A falta de autoridade e poder em nossas palavras revelam consigo a falta de submissão ao processo de maturação que Deus nos propõe. Sendo assim, precisamos ser práticos e maduros com aquilo temos aprendido do Senhor. A mensagem não é completa enquanto não é encarnada por aquele que à estão anunciando. Como tenho dito, a mensagem do fim é acompanhada pelo tipo de pessoa do fim! Quando nos lembramos de João em Apocalipse 10, comeu o livro (a mensagem) que era doce ao paladar mas amargo no estômago! Precisamos internalizar e sentir o amargo da mensagem, a parte que não é bonita, a parte que não produz ‘hype’ e números altos de views.

            Ap 10:10

Tomei o livrinho da mão do anjo e o devorei, e, na minha boca, era doce como mel; quando, porém, o comi, o meu estômago ficou amargo.

Onde podemos manifestar aquilo que temos encarnado? Começaremos na internet? Com lives? Com musicas? Bom, embora todas essas coisas sejam ótimas e licitas, o que primeiro tocou a nós precisa tocar os mais próximos de nós; os que são pais devem focar em fazer sua casa viver isso. Marido olhar para esposa e a esposa olhar pro marido! Esse é o lugar de prioridade para que nossa mensagem cresça. Logicamente, amar o próximo requer amar os que estão mais próximo também!

A grande comissão nos direciona a gerar discípulos e amadurecer a Igreja de Jesus. Sendo assim, o caminho não é valorizar a manifestação midiática da mensagem mas , sem duvidas, priorizar o encarnar a mensagem em nossos discípulos e em nós mesmos. Temos gastado tempo em nossas igrejas locais, assim como gastamos com nossos discípulos e amigos? Pois sem nenhuma dúvida, esse deveria ser o nosso enfoque.

Quando penso nesse assunto sei que temos muito o que conversar, talvez eu mesmo não seja o melhor para dissertar sobre isso, mas ao que me cabe, desejo despertar aqueles que me ouvem a não apenas seguirem os efeitos da mensagem ou até mesmo desejarem conhecer a sequencia do Fim dos Tempos, sem se comprometerem com o encarnar dessa mesma mensagem. Que Deus nos leve cada vez mais profundo!

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