Ministério Infantil: A Inclusão aos Olhos de Jesus

Ministério Infantil: A Inclusão aos Olhos de Jesus

Antes de falarmos um pouco sobre os olhos de Jesus a respeito da Inclusão vamos juntos entender o que é a inclusão. Existe um contexto social e educacional que precisamos entender.

EXCLUSÃO: Significa deixar de lado, fingir que algo não existe. SEGREGAÇÃO: Significa “separar ” as pessoas num só lugar e deixá-los por último.

INTEGRAÇÃO: Às pessoas com deficiência têm de se adequar à sociedade e as suas regras.

INCLUSÃO: Aceitar as diferenças , valorizar cada pessoa, conviver dentro da diversidade humana. É o Ato de igualdade entre os diferentes.

A inclusão garante o direito de todos à um ensino, educação, lazer e  tudo o que envolve o aprendizado daquela criança e não exclua onde está inserida. Ela visa a igualdade e valoriza as diferenças, considerando, assim, as diversidades sociais, culturais, intelectuais, físicas e sensoriais. Garante o acesso, a participação e a aprendizagem de todos, sem exceção.

Logo, partindo para um conceito de aprendizagem e ensino,  todo nós fazemos parte desse contexto educacional e , juntos, estamos caminhando para um ensino inclusivo dentro da igreja, gerando essa cultura,  partindo de um princípio: Jesus e o que Ele fez com os pequeninos.

Aos olhos de Jesus nós vamos entender mais a respeito dessa inclusão e meu desejo é que Jesus abra seus olhos neste momento para que você passe a enxergar como ele enxerga, principalmente, aqueles pequeninos atípicos que possuem necessidades espirituais tanto quanto outras crianças típicas.

Existem duas palavras que diferenciam as crianças que possuem necessidades específicas,  são as chamadas Atípicas; são aquelas que apresentam uma disfunção grave, profunda ou até múltipla e tem necessidades mais específicas que as crianças ditas “normais” , chamadas Típicas. Ambas tem suas limitações de aprendizagem,  mas todas elas possuem necessidades Espirituais que precisam ser cultivada e regada pelos trabalhadores e os de suas casas.

Existe um único anseio em sua alma que é o de conhecer a Deus. Sabemos nós que estamos aqui para conhecê-lo e este também é o anseio do coração dos pequeninos: “ Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também colocou no coração do homem o desejo profundo pela eternidade;” Eclesiastes 3:11

Precisamos incluir essas crianças na vida eclesiástica da igreja, mas para isso,  precisamos nos equipar para um um melhor trabalho com elas, estar atentos ao que carregamos da sociedade e ao que foi gerado em nós e que às vezes praticamos e temos olhares preconceituosos e racistas inconscientemente.

A ignorância da sociedade e a descriminação fazem  com que a família sofra. Estamos sendo levantados por Jesus para mudar essa realidade de desigualdade dentro da igreja, no ministério infantil em si, tendo em vista que tal posicionamento irá trazer as famílias para os pés de Cristo.

Jesus é contra qualquer tipo de exclusão. O desejo de Deus é que todos tenham acesso a Sua vida familiar, o desejo de Deus é ter filhos. Em Tiago 2:8-9 diz: “Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometes pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores.”

Acepção é exclusão e quando eu excluo uma pessoa eu estou pecando.

A partir do momento que renovamos a nossa mente e não mais escolhemos o outro porque ele tem algo a oferecer,  eu deixo de excluir essa pessoa e permito que ela acesse a Deus. Os discípulos achavam que as crianças não eram capazes de ir até Jesus, eles inferiorizaram elas, mas, o próprio Jesus mostrou que elas são tão importantes como qualquer outro que ali estava. Ele nos mostrou que delas é o Reino dos Céus. O nosso padrão é ser como criança.

Precisamos voltar a essência, inocência, ter um coração puro, humilde, confiante, seguro e  simples, ter a incapacidade que uma criança tem, pois ela nos leva a ser completamente dependentes de Deus.

Então disse Jesus: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas”. Mateus 19:14

Jesus veio para as crianças portadoras de necessidades específicas também e precisamos enxergá-las como Ele. Abrir espaço, nos capacitar e ter a revelação que ele tem para recebê-las, ou seja, mudar a nossa ótica para essa realidade e ser leve quando o assunto são crianças atípicas.

Deus está capacitando a igreja para recebê-las como ele recebeu, tendo como princípio Romanos 2:11 “Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.” Jesus tem um olhar de igualdade e nós precisamos olhar com seus olhos e agir com igualdade para com todos.

Eu já ouvi uma história de um adolescente com paralisia cerebral que recebeu Jesus antes de seu óbito. Toda sua família estava reunida ao seu redor em sua fase terminal e ele disse para todos ficarem bem,  pois Jesus estava do seu lado o chamando para viver com ele.

Eu já ouvi criança autista estar super alterada dentro de sua casa e quando ouvia as canções do meu pr. Alessandro Vilas Boas, se acalmava. Posso dar inúmeros testemunhos. Já orei por muitas crianças atípicas, já tive palavras de conhecimento sobre elas, Deus já me mostrou como a mente de uma delas funcionava, Deus me deu estratégias para acessar a vida dessas crianças (espiritualmente falando) , fui intencional em orações e essas crianças foram mudadas.

O poder de Deus, o Seu conhecimento, vai muito mais além do que o nosso. É algo inexplicável, por isso, não podemos ditar quem estar ou não apto para receber o evangelho, para receber a Jesus Cristo e o poder de sua ressurreição.

A salvação é para todos e isso inclui as crianças atípicas que precisam de um local adaptado para elas na sociedade, no contexto em que vive e a igreja não  pode estar despreparada e apática ao recebê-las. É tempo de preparação e capacitação do ministério infantil das igrejas. Se em suas casas, escolas e sociedade elas não recebem o que deveriam. Nós como igreja precisamos ser um lugar onde elas e sua família vão se sentir amadas e acolhidas e não só fará parte de uma inclusão como parte de uma família, parte de algo eterno, da família de Deus.

A inclusão precisa fazer parte de nós todos os dias, é um sentimento dado por Jesus. É quem Ele é. Que Jesus nos batize em amor e que Ele nos dê o mesmo sentimento que há nEle. Enquanto estivermos aqui daremos a nossa vida por elas até que elas cheguem ao pleno conhecimento de Deus. Já ouvi um neurocientista dizer que um autista não tem como confessar uma fé, mas eu acredito no poder do Evangelho e em um encontro genuíno com o Senhor. Por isso, nós como igreja acreditamos que o poder de Deus é para todos.

O VINDE FOI UMA INCLUSÃO: Quando Jesus fala vinde e vede ele inclui os discípulos para ver o que ele estava vendo no Pai e leva-los a uma prática a partir do testemunho. Jesus quer ser conhecido pelas crianças. Ele as chamou para ir até ele e ver o que está vendo no Pai. Ele nos incluiu na sua obra, na sua vida familiar com a Trindade.

Ele lhes disse: Vinde, e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia; e era já quase a hora décima. João 1:39

O mesmo direito que ele tem foi nos dado, tudo por meio de sua inclusão que o levou a morte e morte de cruz , para que vivêssemos uma vida em plenitude e abundância, para que fossemos co herdeiro e com Ele, e isso inclui as crianças. Ele nos incluiu em algo eterno. Os discípulos queriam parar os pequeninos mas, Jesus nos mostra que o “vinde” foi para todos, ninguém ficaria de fora. Não somos maiores que eles, pelo contrário, precisamos ser como eles para herdar o Reino dos Céus.

Acredito que através da atitude de Jesus a ótica dos discípulos mudaram pois, eles viram de perto que Jesus deixou ir até ele os pequenino e comparou cada um com o Reino de Deus. Acredito também que o ventre deles foram chacoalhados, até por que alguns de seus discípulos haviam deixado família e filhos.

Imagino que os discípulos entenderam que o que Deus tem para eles também tem para seus filhos. Eles nunca mais enxergaram as crianças da mesmo forma, ou seja, a mesma necessidade que todos no qual ali estavam e tinham de aprender e receber,  o mesmo estava sobre cada criança. O que afirma é que Jesus não despede alguém que está com fome, cada criança tem sua necessidade espiritual e elas estavam ali famintas.

Nós estamos aqui para alimentar essa necessidade, desenvolver e pôr para fora para que eles venham conhecer Jesus de fato e em verdade. A todos deu lhes o poder de ser chamados filhos de Deus. Sabendo que, através dessa criança toda a família é tocada por Deus. Deus ama a família, tem fome e anseia por ela. Desde o princípio vemos Deus sempre constituindo a família, formando ela para ele, para relacionamento com ele.. Sempre falo com a equipe de ministério infantil da minha igreja que quando uma criança é encontrada por Jesus toda sua casa também é encontrada.

Quando Jesus abriu o caminho para que elas fossem até eles, Jesus abriu o caminho para as famílias. Quando uma criança é tocada e mudada por Jesus é impossível uma família permanecer a mesma. É um tempo para o ministério infantil, um novo sendo derramado sobre todas as crianças que fazem parte da grande comissão.

Jesus está se movendo e estamos nos movendo junto dele e isso tudo aponta para sua volta. Seja um mover no prático, intercessório, profético, estamos alinhados com ele quanto aos nossos pequenos. Logo, ele vem buscar a sua igreja e isso inclui os pequeninos que fazem parte do corpo.

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