O coração peregrino: à medida que você peregrina você levanta altares ao senhor

O coração peregrino: à medida que você peregrina você levanta altares ao senhor

Em todo o contexto Bíblico, desde Gênesis, homens juntamente com sua família, peregrinavam sobre a terra, levantando altares ao Senhor, fazendo sacrifícios e nomeando lugares, pois naqueles locais o Senhor esteve presente, a presença do Senhor era palpável, Deus direcionava. Eles seguiam confiando em Deus, caminhando sem se esgotar e felizes de coração na jornada em família.

“Como são felizes os que em ti encontram sua força, e os que são peregrinos de coração.

Salmos 84:5

 A maior coisa que um peregrino de coração pode fazer em sua peregrinação rumo à terra prometida não é sair por aí, armar e desarmar as tendas, mas levantar um altar para o Senhor, deixá-lo como um memorial de que ali o Senhor de sua salvação estava, deixando um memorial da marca de Sua presença.

O Senhor apa­receu a Abrão e disse: “À sua descendência darei esta terra”. Abrão cons­truiu ali um altar dedicado ao Senhor, que lhe havia aparecido. Dali prosseguiu em direção às colinas a leste de Betel, onde armou acampa­mento, tendo Betel a oeste e Ai a leste. Constru­iu ali um altar dedicado ao Senhor e invocou o nome do Senhor.

Gênesis 12:7-8

 Levantar um altar é responsabilidade de quem foi visitado, acompanhado e marcado pela presença. Um peregrino que não carrega a presença ou se esquece da mesma não está atento, não tem zelo, pode se perder no caminho, acabar olhando para trás e desejando o Egito de onde foi tirado. Todo aquele que arma tendas deve ter o desejo ardente da companhia de Deus durante a jornada, e isso é inegociável. Moisés roga pela companhia de Deus:

“Moisés disse ao Senhor: — Eis que me dizes para conduzir este povo, mas não me disseste quem enviarás comigo. Disseste: “Eu conheço você pelo nome e você alcançou favor diante de mim.” Agora, se alcancei favor diante de ti, peço que me faças saber neste momento o teu caminho, para que eu te conheça e obtenha favor diante de ti; e lembra-te que esta nação é teu povo. Deus respondeu: — A minha presença irá com você, e eu lhe darei descanso. Então Moisés disse: — Se a tua presença não for comigo, não nos faças sair deste lugar.”

Êxodo 33:12-15

Nem todos são peregrinos e irão armar tendas. A peregrinação é uma reta e o voto de um peregrino é a sua fé. Todos os nossos antepassados que carregavam a promessa viveram pela fé. Peregrino é todo aquele que carrega uma herança, um legado deixado por alguém dando continuidade, expandindo e derramando sobre todos os povos e nações.

Os nossos heróis da fé não deixaram apenas as terras de sua procissão, os seus ensinos, uma direção para onde estão indo, um apontamento, mas a presença, a visitação do Senhor durante as tendas armadas. O desejo pela cidade do Alto ardia em seus corações, mas também, acima de tudo, o desejo ardente pelo Senhor da cidade, o construtor dela, aquele que lhes prometeu uma pátria superior. Ao desejar mais as cidades e as tendas corremos o risco de perder o Senhor de vista.

“Porque Abraão aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e construtor.”

Hebreus 11:10

Nós desarmamos as tendas e seguimos adiante para a próxima cidade, mas o memorial, ele fica no mesmo lugar, para que você volte quando precisar e para que outros possam se lembrar para sempre daquele lugar em que ali o Senhor esteve, sustentou e deu a próxima direção.

“Ele partiu de Neguebe rumo a cidade de Betel, indo de um lugar ao outro, até que chegou a uma região que fica entre Bétel e Ai, onde já havia estabelecido seu acampamento no passado. Abraão voltou ao altar que ele mesmo havia edificado e adorou a Deus, invocando o nome do Senhor.”

Gênesis 13:3-4

Precisamos analisar e observar a peregrinação dos nossos antepassados, metade dos nossos heróis na fé, todos os grandes homens foram encontrados por Deus nos pastos cultivando e apascentando o rebanho com o coração genuíno e obediente a Deus, com os ouvidos atentos a voz e os olhos fixos no alto. O rebanho nos aproxima do bom pastor.

“Moisés apascentava o rebanho de Jetro, o seu sogro, sacerdote de Midiã. E, levando o rebanho para o lado oeste do deserto, chegou a Horebe, o monte de Deus. Ali o Anjo do Senhor lhe apareceu numa chama de fogo, no meio de uma sarça. Moisés olhou, e eis que a sarça estava em chamas, mas não se consumia. Então disse consigo mesmo: — Vou até lá para ver essa grande maravilha. Por que a sarça não se queima? Quando o Senhor viu que ele se aproximava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: — Moisés! Moisés! Ele respondeu: — Eis-me aqui! Deus continuou: — Não se aproxime! Tire as sandálias dos pés, porque o lugar em que você está é terra santa. Disse mais: — Eu sou o Deus de seu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o rosto, porque teve medo de olhar para Deus.”

Êxodo 3:1-6

Lembro-me do coração de Davi, encontrado atrás das malhadas:

“Também escolheu o seu servo Davi, e o tirou do aprisco das ovelhas, do cuidado das ovelhas e suas crias, para ser o pastor de Jacó, seu povo, e de Israel, sua herança. E ele os apascentou segundo a integridade do seu coração e os dirigiu com sábias mãos.”

Salmos 78:70-72

A forma de Deus achar um peregrino é no pasto, atento, na espreita de Deus, cuidando do rebanho e a forma dele responder é com uma família, com fertilidade, multiplicações, herança e legado passando de geração em geração. Tal legado é o de permanecer nas primeiras coisas, nos mandamentos do Senhor, O colocando em primeiro lugar, gerando pessoas e passando o que recebeu. Certamente, se você se vê como um peregrino, você foi encontrado por alguém que te deu uma família, legado e destino. Tudo o que nossos heróis fizeram foi colocando Deus em primeiro lugar e através dos altares o fazendo conhecido.

À medida que Deus fala com um peregrino no caminho é a medida que um peregrino corresponde a voz de Deus, fazendo o que ele deve fazer em sua jornada, fielmente, pela fé. Há um propósito eterno para a jornada, há uma plenitude de alegria e deleite na caminhada. O trajeto que percorremos como peregrinos deve honrar o nome de Deus na terra e o dos que vieram antes de nós, os quais nos fizeram acessar e nos permitiram sermos participantes e pertencentes à promessa. Se a jornada de um peregrino juntamente com as suas obras lembra nossos antepassados, sabemos que esse tem verdadeiramente um coração peregrino.

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