O valor da comunhão

O valor da comunhão

“A essência e plenitude do Evangelho não podem ser conhecidas de forma individual, mas sim de forma pessoal e relacional, pois o Evangelho não salva apenas o individuo, mas essencialmente, ele salva as relações. A piro interpretação do Evangelho é pensar que ele vai salvar a mim, pois, aquele que buscar salvar a si mesmo, perder-se-á. Enquanto a melhor tradução do Evangelho é sacrificar-se para salvar alguém.”- Paulo Borge Jr

As palavras do Paulo Borges expressam com tanta precisão que eu precisava começar esse texto com elas. Não existe Evangelho, ou vida cristã, individualista. Os motivos são os maiores possíveis, mas podem se resumir no fato de que o Evangelho não é individual mas sim coletivo, uma relação.

Eu e minha esposa (Brunna Vilas Boas) temos gastado nossa saliva, tempos e dedicação enfatizando a importância da mensagem, Família! Não apenas em seu contexto social, mas principalmente, e em primeiro lugar seu significado eterno. Deus é uma família!

O coração familiar de Deus é pulsante em todas as escrituras, de gênesis a apocalipse. O Senhor está sempre exclamando: “ Eu desejo comunhão!”. Sendo assim, não temos um Deus distante e uma relação com nossos irmãos meramente institucional mas primeiramente familiar. Olha o que disse Tom Wright:

“Quando Jesus desejou explicar o significado de sua morte, ele serviu uma refeição, não simplesmente expos uma teoria.” 

Um importante pastor brasileiro e também meu amigo, Leandro Vieira, afirmou em seu livro que a Igreja é “a realidade mais concreta do novo mundo de Deus”. Em outras palavras, a plenitude da vida de Deus em seu povo, gera uma nova realidade de vida, uma nova forma de viver e se mover; uma nova cultura. O Reino de Deus, que vira em sua plenitude pode ser visto então, como um vislumbre, na família de Deus.

Tendo dito estas coisas pretendo levar-te junto comigo à reflexão de que se desejamos viver o Evangelho, precisamos nos entregar de todo coração à comunhão. Comunhão essa que não é simplesmente com Deus, mas com os meus irmãos.

Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 1 Joao 1. 6-7

Veja que o Apostolo João deixa claro que a comunhão com Deus é o andar na luz que me conduz a uma comunhão que se torna plena com meus irmãos. E essa relação nos purifica e nos torna mais semelhantes ao Senhor.

Entendendo esse principio se torna evidente que comunhão não um churrasco no final do mês ou um futebol no fim da semana para unir os membros de uma igreja. Mas comunhão é uma espinha dorsal do evangelho! Meus caros amigos e amigas, oro para que esse breve texto te incentive à insistir no caminho da relação e do evangelho que é comunhão, que ganha formas no partir do pão e no sentar à mesa. Deixe que esse entendimento transforme sua maneira de andar, congregar e liderar.

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